Segunda, 29 Abr 2024

Homem que participou do assassinato de Gianfranco Cavallanti Júnior em 2006 foi preso 17 anos depois

Policial Civil Gianfranco Cavallanti Júnior, integrante do Grupo Especial de Resgate (GER), foi assassinado em 2006

A prisão
Na quinta-feira, dia 16 de março de 2.023, a Polícia Civil prendeu Gilson Roberto dos Santos, que participou do assassinato do investigador de polícia, Gianfranco Cavallanti Júnior (foto). Três meses após o crime, Gilson foi detido, mas foi solto por não ter sido preso em flagrante, nos termos da lei eleitoral.
Por quase 17 anos Gilson vagou por várias cidades e estados e por fim fixou residência em Taboão da Serra, com nome falso, trabalhando como tatuador e divulgando seu trabalho nas redes sociais e este foi seu erro. Não imaginava que desde da época do crime, o delegado Fábio Pinheiro Lopes, hoje Diretor do Deic, continuava em seu encalço, pois toda a quadrilha especializada no roubo de relógios de luxo foi presa.
O último integrante da quadrilha Gilson Rodrigues dos Santos agora passa a cumprir a pena a que foi condenado, 23 anos de prisão. A Justiça foi feita.

Confira a reportagem do jornal Atibaia Hoje,
publicada em 15 de julho de 2.006

O assalto
Sexta-feira, dia 7 de julho, por volta das 18h30 horas, no Morumbi, em São Paulo, Gianfranco Cavallanti Júnior passeava com dois amigos, um dos quais também policial e conversavam sobre horóscopos e numerologia. Gianfranco liga para seus pais em Atibaia e quer saber a que horas tinha nascido. O bate-papo continuou e pouco depois os amigos saíram do carro e Gianfranco, que estava de folga, continuou a trafegar, estranhamente com os dois vidros abertos, coisa rara, pois ele não suportava o calor e só dirigia com o ar condicionado ligado. Em um determinado ponto parou o carro e notou a aproximação de um indivíduo, que sua experiência policial disse ser um assaltante.
Ele estava certo.
O assaltante pediu o relógio e Gianfranco inclinou o corpo para o lado da janela e estendeu o braço para retirá-lo. Quando Gianfranco inclinou o corpo, outro assaltante que estava do lado da porta do passageiro, notou a arma que ele portava. O assaltante disparou, atingindo Gianfranco na região da axila direita e a bala transpassou seu corpo. Os bandidos se evadiram e Gianfranco, com muito sangue frio pensava onde buscar socorro. Lembrou-se do Hospital e Maternidade São Luiz, pois um dos proprietários era seu amigo. Dirigiu até lá, estacionou o carro e andando entrou no hospital.
Socorrido imediatamente, não resistiu ao ferimento e morreu.

A notícia
A notícia se espalhou rapidamente, não só por São Paulo, como pelo Brasil. Delegado em Brasília, João de Ataliba Nogueira Neto, soube da notícia e logo ligou para o seu pai em Atibaia, que buscou confirmação da notícia, que a princípio dava conta de que Gianfranco teria sido morto em Atibaia. Pouco a pouco, as informações foram se encaixando, dando a real dimensão da tragédia que atingiu não só os seus amigos da polícia, de Atibaia - sua cidade querida - mas principalmente sua família, a mãe Sandra, o pai Gianfranco, o irmão Giancarlo, a esposa Daniela - juíza de Direito e a filha Beatriz, com 7 meses.

Quem era Gianfranco Cavallanti Júnior
Ele era investigador e com muito orgulho, fazia parte de um grupo de 14 policiais civis, considerados a elite da polícia paulista, atuando no GER (Grupo Especial de Resgate). Antes, atuara no GARRA (Grupo de Repressão a Roubos e Assaltos). Gianfranco era formado em Direito e sempre atuava em missões difíceis e complexas da polícia paulista, apesar de estar sempre muito alegre, brincando com todos ao seu redor.

Comoção
No sábado, dia 8, o corpo de Gianfranco Cavallanti Júnior foi velado na Academia de Polícia Civil de São Paulo. Quando o corpo deixou o velório em direção ao Crematório da Vila Alpina, seus colegas o homenagearam com uma salva de tiros de calibre 12, enquanto os aficionados por motos Harley Davidson, do Clube Balaio, aceleraram suas máquinas, dando adeus ao amigo.
O carro que conduzia o corpo de Gianfranco foi escoltado durante todo o percurso por um helicóptero do GER, pousando no Crematório da Vila Alpina, onde os tripulantes também prestaram suas últimas homenagem ao amigo e companheiro. Como prova de admiração pelo trabalho desenvolvido, as mais altas autoridades da Polícia Civil estiveram presentes no último adeus.
Na quinta-feira, dia 13, na Igreja São Pedro São Paulo, no Morumbi, foi rezada missa de Sétimo Dia em intenção da alma de Gianfranco Cavallanti Júnior, que aqui entre nós viveu como um homem com "h" maiúsculo.

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Comentários: 2

mario gandra em Sábado, 18 Março 2023 11:47

JUSTIÇA CEGA BRASILEIRA DEIXOU O CANALHA BANDIDO SOLTO POR TANTOS ANOS.QUANDO SERÁ QUE ESTE PARLAMENTO BRASILEIRO VAI TOMAR VERGONHA NA CARA E MUDAR O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL?

JUSTIÇA CEGA BRASILEIRA DEIXOU O CANALHA BANDIDO SOLTO POR TANTOS ANOS.QUANDO SERÁ QUE ESTE PARLAMENTO BRASILEIRO VAI TOMAR VERGONHA NA CARA E MUDAR O CÓDIGO DE PROCESSO PENAL?
Adriana em Sexta, 20 Outubro 2023 19:52

Finalmente a justiça dos homens.

Finalmente a justiça dos homens.
Visitante
Segunda, 29 Abril 2024

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