Prefeitura está realizando vacinação contra febre amarela
A Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, realizou no último fim de semana a vacinação contra a febra amarela nos bairros rurais do município. A campanha teve início nos postos de saúde dos bairros Boa Vista, Cachoeira, Rio Abaixo, Tanque e Usina. A partir da próxima quarta-feira, 12, a campanha será expandida para as demais regiões do município, de forma que a vacina esteja disponível em todos os postos de saúde de Atibaia.
A vacinação contra Febre Amarela anteriormente era destinada a pessoas que iriam viajar a áreas consideradas de risco e a região de Campinas, que inclui Atibaia não fazia parte dessa área, juntamente com a Capital e o litoral. Com a ocorrência de macacos positivos para Febre Amarela em cidades próximas (em Atibaia não houve essa ocorrência), foi indicado o início da vacinação tendo em vista a possibilidade de ampliação dessa área de risco. Ou seja, prevenir o quanto antes.
A vacinação antes disponível na UBS do Centro e UBS do Alvinópolis, passará a ser realizada nas demais Unidades da cidade.
A vacina contra febre amarela é reconhecidamente eficaz e segura, sendo a medida mais importante para prevenção e controle da doença - apresentando eficácia acima de 95%. Entretanto, eventos adversos podem ocorrer, como reações no local da injeção como dor, inchaço e vermelhidão ou generalizadas, como febre, dor de cabeça, dores no corpo, dentre outros. Atenção especial deve ser dada se após administração da vacina de febre amarela, a pessoa apresentar dor abdominal intensa. Embora sejam raros, já houve casos de reações graves com a vacina no Brasil e em outros países.
Importante destacar que quem já tomou a vacina não precisa se vacinar novamente.
São contra-indicações à vacinação contra Febre Amarela:
- crianças menores de seis meses.
- portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida, neoplasia maligna.
- pacientes infectados pelo vírus HIV com alteração imunológica.
- pacientes em terapêutica imunodepressora: quimioterapia, radioterapia, corticóide em doses elevadas (equivalente a prednisona na dose de 2mg/kg/dia ou mais para crianças, ou 20 mg/dia ou mais, para adultos, por mais de duas semanas)
- medicações antimetabólicas (por exemplo a azatioprina e ciclofosfamida)
- medicamentos modificadores do curso da doença, os biológicos: (Infliximabe, Etanercepte, Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe, Rituximabe).
- pacientes com história pregressa de doença do timo (miastenia gravis, timoma)
- gestante, devido ao possível risco de infecção dos fetos pelo vírus vacinal, a vacina FA está contraindicada em gestantes, salvo em situações de alto risco de exposição. Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de contrair a doença, deverá ser avaliado o benefício/risco da vacinação. A vacinação em gestantes deverá ser analisada caso a caso
- pessoas com história de uma ou mais das seguintes manifestações anafiláticas após dose anterior da vacina ou após ingestão de ovo: urticária, sibilos, laringoespasmo, edema de lábios, hipotensão, choque nas primeiras duas horas
A doença
A febre amarela é uma doença infecciosa grave, causada por vírus e transmitida por vetores. Geralmente, quem contrai este vírus não chega a apresentar sintomas ou os mesmos são muito fracos. As primeiras manifestações da doença são repentinas: febre alta, calafrios, cansaço, dor de cabeça, dor muscular, náuseas e vômitos por cerca de três dias. A forma mais grave da doença é rara e costuma aparecer após um breve período de bem-estar (até dois dias), quando podem ocorrer insuficiências hepática e renal, icterícia (olhos e pele amarelados), manifestações hemorrágicas e cansaço intenso.
Transmissão
A febre amarela apresenta dois ciclos de transmissão epidemiologicamente distintos: silvestre e urbano. No ciclo silvestre, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus, e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.
A febre amarela urbana não era registrada no país desde 1942. Enquanto o Aedes aegypti encontrava-se erradicado, havia uma relativa segurança quanto à não possibilidade de reurbanização do vírus amarílico. Entretanto, a reinfestação de extensas áreas do nosso território por este vetor, já presente em quase todos os municípios do país, traz a possibilidade de restabelecimento deste ciclo de transmissão do vírus. No meio urbano, os cuidados contra o mosquito Aedes aegypti também valem também para a febre amarela.
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