Segunda, 18 Ago 2025

RINALDO SILVEIRA FALA SOBRE A POLÍTICA ATUAL

RINALDO SILVEIRA FALA SOBRE A POLÍTICA ATUAL

Rinaldo Silveira, conhecido como Rinaldinho, é tido por todos como o maior estrategista político da região, fala com exclusividade para o Jornal Atibaia Hoje, abordando a sua visão política da realidade atual em relação as eleições de outubro em todos os níveis.


AH: Como você entrou na política?


Rinaldo: Através de meu pai Cassimiro Silveira, que foi vereador em Bom Jesus dos Perdões e em Atibaia por seis anos. Até hoje troco ideias com ele, às vezes concordamos e outras não.


AH: Quem abriu as portas da política para você?


Rinaldo: Faço questão de mencionar Mário Inui, que graças ao seu patrimônio político, me abriu as portas para os bastidores da política, me dando liberdade para promover articulações no meio político.


AH: Sabe-se que você, embora sendo do Democratas, tem livre acesso a grande parte de todos os partidos e com bom relacionamento com políticos, independentemente das filiações partidárias. Como você consegue ter este livre trânsito político?


Rinaldo: A princípio cabe esclarecer que na política não deve existir inimigo político, mas sim adversário político. Assim, entendo ser importante o diálogo com todos e ser receptivo a críticas, ouvindo a todos e trocando ideias, como sempre comentou o ex-vereador Testinha que há necessidade de “prosear”. De fato, ao manter este diálogo, muitas vezes vejo o reverso da medalha. E mais. Na política ninguém é o dono da verdade.


AH: Com sua experiência angariada há nos, como você vê o atual cenário em relação as eleições de outubro?


Rinaldo: Em relação à presidência da República, ainda é cedo para dar uma opinião, mas sabe-se que teremos uma batalha entre o grupo de centro esquerda e centro direita, o que vem acontecendo há tempos. Embora seja importante aguardar as convenções para se ter uma noção das coligações, mas é provável que os dois candidatos que seguirão para o segundo turno com apenas 20% dos votos, uma vez que se sabe que em cada 10 eleitores 6 não sabem em quem votar.


AH: Quem será eleito presidente da República?


Rinaldo: Muito cedo para qualquer opinião. Para opinar, é necessário saber as coligações que serão formadas nas convenções, quando então teremos mais dados, como por exemplo, o tempo de exposição nas tvs e nas rádios, além das forças dos partidos que irão integrar as chapas, como senadores, governadores, deputados federais e estaduais, que representam as forças regionais.


AH: E para governador em São Paulo?


Rinaldo: Não vou citar nomes, mas vejo a possibilidade da eleição ser disputada por dois dos pré-candidatos, que têm maiores chances. São Paulo é um estado muito grande, o mais rico do país e os apoios regionais serão de enorme importância. O apoio de deputados estaduais e federais com forte representação política terão importância fundamental, além das coligações.


AH: E a eleição para senador?


Rinaldo: São Paulo deverá eleger dois senadores. Os eleitores dão pouca importância, mas os senadores são de muita importância, pois retificam ou ratificam o que é votado na Câmara Federal. Ideal esperar as convenções, pois já assistimos nomes que se lançaram a pré-candidatos ao Senado e pouco depois desistiram.


AH: E em relação à eleição para deputado federal?


Rinaldo: Na verdade, a relação da população com o deputado federal é um pouco distante, mas a atuação é muito importante, não só para o estado com para os municípios. O deputado federal é quem reivindica verbas junto ao governo federal tanto para o estado ao qual pertence quanto e principalmente para os municípios, que devem buscar a eleição de um deputado federal, mas também manter estreito relacionamento com outros, formando uma frente para a solicitação de verbas junto ao governo federal.


AH: E em relação aos deputados estaduais?


Rinaldo: Chamo a atenção de que o deputado estadual deve ter não só abrangência municipal, mas sim regional. O deputado estadual é o responsável por obter verbas junto ao governo estadual que não são endereçadas a apenas um só município, mas sim a vários e mais. O deputado estadual deve ter um ótimo relacionamento com deputados federais, que através deles conseguirão emendas em favor dos municípios. No mais, o deputado estadual deve ser um elo de ligação entre os executivos municipais e o executivo estadual.


AH: E a importância da atuação dos prefeitos nas próximas eleições?


Rinaldo: Entendo que a posição dos prefeitos é a mais complexa e ao mesmo tempo a mais importante. Dentre os cargos políticos acima citados, o de prefeito é quem tem o relacionamento direto com a população, sendo alvo direto de críticas e elogios. Fato é que a maior parte da arrecadação no município, segue para o governo estadual e federal e, para reaver parte dos valores arrecadados no município é indispensável a atuação de deputados estaduais e federais. Diante desta realidade, salta aos olhos a importância de deputados estaduais e federais que são a ligação com os executivos estaduais e federal, em busca de aporte financeiro para os municípios, que arcam com funções que não seriam inerentes aos municípios, como ter de ceder funcionários para órgãos estaduais e federais.


Assim, é fundamental que prefeitos tenham uma base atuante tanto no Legislativo Estadual como no Federal, para em caso de necessidade suprir necessidades dos municípios, principalmente nesta época da economia em que a arrecadação dos municípios praticamente despenca, deixando os erários praticamente a zero, dificultando os mais variados investimentos, que poderiam beneficiar a população.


AH: Como você vê a relação entre os resultados das eleições de outubro em relação às eleições municipais de 2.020?


Rinaldo: As eleições de 2.018 e as 2.020 têm influências e consequências recíprocas. Os prefeitos são as maiores lideranças políticas municipais e neste momento pré-eleitoral serão alvo de pressões partidárias em nível estadual e federal, mas deverão saber a diferença entre o cargo de chefe do Executivo Municipal e função de líder político-partidário, ao declarar apoio a este ou a àquele candidato.


A partir das eleições de outubro de 2.018, os prefeitos terão que avaliar a real força política de seus aliados e medir o potencial eleitoral de seus adversários, tendo em vista as próximas eleições municipais e até lá terão mais de dois anos nos comandos de suas administrações, para preparar seus sucessores.

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