Sexta, 07 Nov 2025

Coitados, apanham e não mudam

Em se tratando de leitores, claro que são poucas as pessoas que reparam no que rola por aí, especialmente em se tratando de leitores ocasionais, ou seja, aqueles que leem menos que de vez em quando.

Tem muita gente que entra nesse rol. Um jornal aqui, quando o Corinthians ganha, outro jornal ali quando o Timão perde e assim caminha o campeonato dos que leem e dos que não leem.

Claro que essa tanta muita gente citada se informa através dos noticiários das emissoras de rádio ou dos jornais da televisão. Eu digo "apenas leitores" sem menosprezá-los, claro, na medida em que o leitor é a parte que mais interessa à tal da mídia que, como se sabe - pode ser falada, escrita, publicada, transformada em livros, versos e o que mais aparecer por aí. E não só por aí, mas muito mais por aí e por aqui, diga-se logo, e de repente o que mais interessa no momento.

" Notícia "

Isso mesmo, o leitor logo percebe quando se trata de "mídia paga", ou seja, aqueles anúncios pagos e transformados em notícia. O aplauso é enorme, a gente percebe, claro, pois o texto é bem feito, bem cuidado, bem ilustrado e tal e coisa.

Já na mídia normal, na mídia só noticiosa e sem influência externa ou superior (fique claro que este "superior" quer dizer lá de cima, e o lá de cima é bem lá em cima, lógico também, não?). Pelo sim ou pelo não é melhor a gente não se meter nas mentiras ou até algumas das verdades que pregam por aí e até por aqui, porque não? E neste ponto eu paro e pondero que tudo pode ser que sim e tudo pode ser que não. Depende do que - e pior que isso - depende do ponto de vista que o leitor queira observar.

" Pois é "

Pois é, insisto, dizia eu, então, que na mídia normal, na mídia mesmo, na tal mídia noticiosa, aquela que vem cheia de notícias, nem todas as notícias que aparecem são tão boas assim, muito antes, pelo contrário, batem mais que o bumbo da banda. Estou me referindo e dizendo do bumbo da banda de cá e não do bumbo da banda de lá. Incrível, já reparou? Bumbo, bumbo, bumbo, está parecendo até banda de carnaval fazendo bumbo, não parece?

Em termos noticiosos na banda de cá o povo é que apanha, ficando claro também que quem bate é a banda de lá, a banda dos homi de cima, parece claro, não parece?

O pior de tudo é que, nada muda e nada mudará. A mídia batendo ou a mídia defendendo, o país vai continuar assim mesmo, mano, os lá de cima sempre batendo e os aqui de baixo sempre apanhando.

Lembrando que os de baixo já vinham apanhando desde o tempo em que estavam ainda mais lá embaixo. Pior ainda que os de baixo, os que apanham, apesar de tudo continuam apoiando aqueles lá de cima, aqueles que batem com uma tranquilidade tão grande, mas tão grande que até o guarda, que fica olhando de longe, percebe. Percebe, mas não liga

" Apanhando "

Nisso tudo, claro, a gente torce para ver se com o tempo os que apanham possam a apanhar menos. Talvez até possam bater um pouquinho em quem tanto mandou bater na gente.

Pode ser também que até daqui a alguns séculos as dores das pancadas que hoje já doem tanto, acabem doendo mais, como se fosse possível e a gente - quando eu digo "a gente" - estou dizendo "nóis, mano!" - poderemos ficar com dores maiores que as maiores dores de hoje. Será?

Não sei. Nem imagino. Mas, será que demora tanto assim, e será que vem mesmo o tal dia que "nóis!", repito: "nóis!", como diria o vulgo ou o "disvulgo" (sei lá quem é vulgo ou disvulgo!!!), ainda vamos dar um jeito de dar um basta, ou mais ainda, bem melhor, dar um tombo nos que hoje nos batem? Imagino a gente gritando bem alto: "Chega de apanhar, mano! Chegou a hora de bater!"

Oremos!

O que me assusta é que a maior parte desses tolos todos que tanto apanham ainda prefere ficar chorando escondido.

Não é de chorar tudo isso?

Oremos para parar de chorar.

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