Quinta, 28 Mar 2024

Futebol Profissional: Benedito Pires, o "Gatinho", jogador que treinou com a Seleção Brasileira

Gatinho no time do São João, ele é o quarto agachado, da esquerda para a direita
Benedito Pires em 2011

O meia esquerda Benedito Aparecido Pires, o "Gatinho" nascido em 30 de agosto de 1939, em Atibaia, era casado com Creusa dos Santos Pires, tinha três filhos: Marco, Sandro e Tiago. O filho do seu João e da Dona Maria tinha cinco irmãos: Cléria, Roseli, Creusa, Vicente (Rato ex-jogador) e Élcio.

Começou a jogar no São João com 16 anos, no time principal, onde ficou por vinte anos e chegou a participar do período que o clube participou do profissional no Campeonato Paulista da Segunda Divisão, da Federação Paulista. Também atuou no América (Perdões) e no Granja Maristela (Atibaia). No veterano jogou pelo São João, Grêmio, Nacional e Palmeirinha; até os anos setenta.

Em Atibaia sempre falava que era tão bom jogar contra o Fedô, o Alfredo do Botafogo, pois sempre tinha algo para falar depois do jogo.

Benedito Pires faleceu em 2013, com 74 anos. Quem concedeu a entrevista foi seu filho, Tiago Pires, o "Vermelho", que contou algumas passagens do tempo que seu pai jogava.

"A primeira foi quando meu pai, muito jovem e meu avô o proibiu de jogar pelo São João, com 16 anos, porque tinha que trabalhar. O presidente do clube, o senhor Bruno Sargiani sabendo que meu avô não queria que meu pai jogasse ofereceu ao meu avô ser caseiro do clube, mas com a condição que o menino jogasse todos as partidas, aí meu avô aceitou", conta Vermelho.

"A segunda foi quando o Palmeiras veio jogar no Estádio dos Eucaliptos (antigo estádio do São João) e se encantou com o meu pai, mas outra vez meu avô entrou no meio e não deixou que levassem meu pai".

Torcedor fanático do Corinthians, sempre contava que quando o seu Timão enfrentava o Santos era dureza, afinal seu grande ídolo era o Rei Pelé.

"A terceira história era a que ele mais se orgulhava em contar, quando a Seleção Brasileira vinha treinar em Atibaia, no Estádio do São João, a pedido do zagueiro Bellini, que jogou algumas vezes lá, meu pai se juntava ao elenco da Seleção para treinar, mesmo jogando por pouco tempo, isso foi algo que ele se orgulhava muito".

Jair Bala, presidente do Nacional, um dos clubes mais vencedores do futebol de Atibaia fez um depoimento sobre Benedito Pires, o Gatinho: "o cara foi um mito aqui em Atibaia, jogador do São João, era para ser um profissional, jogou muita bola aqui em Atibaia, o Gatinho era o cara, até me arrepia falar dele, um homem, um pai de família, jogou no Nacional, vai ser difícil aparecer outro igual, não foi profissional porque não quis", finalizou Jair.

Gatinho com a faixa de campeão e o braço machucado devido a contusão que sofreu no jogo antes da final

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