Quinta, 28 Mar 2024

Milton Moreno, o "Capita", Zagueiro de Muita Raça e Liderança

Milton Moreno

O zagueiro central Milton Moreno marcou por ser um jogador de muita raça, líder nato e que ficou conhecido em Atibaia como o "Capita", por ter sido o capitão do SERU Botafogo, na conquista do Campeonato Municipal de 1972.

Nascido em Itápolis em 21/4/1939, veio para Atibaia com 7 anos, o comerciante tem 4 filhos (Richard, Alex, Renan e Felipe).

Começou a jogar no campinho da Prefeitura, onde é a quadra de tênis do São João, atrás do Baitakão. Seu primeiro time foi o juvenil do São João, em 1955 e ficou até os 22 anos.

No Cetebê em 61 e 62, em 63 o clube virou Grêmio, registrado na Federação Paulista, na Terceira Divisão de profissionais. Voltou ao São João em 66 e ficou até 69. Em 70 no SPR jogou até 71. Em 72 no Botafogo ficou até 73.

Na final de 72, no Grêmio, venceram o SPR por 2 a 1 e num lance onde o jogador do Botafogo se machucou, o SPR com a bola tirou para a lateral para que ele fosse atendido. O jogo estava empatado. Na volta o Botafogo não devolveu a bola, Dalo cruzou na área e Cavaça fez o gol do título.

O Botafogo jogou com Wellington, Zé Pedro, Milton Moreno, Hélio Soares, Geraldo Dentinho, Mingo, Rui, Laquê, Dalo, Cavaça, Fedô, os técnicos Guaru e Luis Ferreiro e o auxiliar Norico.

O SPR atuou com Burica, Vasquinho, João Bueno, Luis de Souza, Carlinhos Conejo, Giba, Pagé, Binho, Zelé, Zuza, Homero e o técnico Paraná.

De 74 a 76 jogou no Café Sublime, campeão e vice. Possuíam 8 profissionais do Taubaté e ficaram 2 anos invictos. Num amistoso quebrou a perna, ficou 3 anos afastado, voltou ao Botafogo em 79. Com 44 anos encerrou a carreira.

Em Atibaia torce pelo São João e no Brasil pelo São Paulo. Conhecido como zagueiro rebatedor ou destruidor, queria resolver logo. Para ele zagueiro não adianta jogar bonito, tem que jogar feio e resolver. Bom nas bolas altas e baixas. Gostava de fazer dupla de zaga com o saudoso Hélio Soares: "ele era clássico e eu chegava junto. Me espelhava muito nele, desde quando era juvenil do São João e ele do principal".

Quem foi o melhor jogador de Atibaia?

"Nelson Lunkes, do Bragantino, Corinthians, Corinthians de Presidente Prudente e futebol chileno".

Em 63, no derby o Grêmio venceu por 2 a 1 o São João, no Estádio da Caixa D'Água, no São João. Ele jogava pelo Grêmio. Aos 20 minutos do primeiro tempo foi expulso por ter pulado com o pé no árbitro, por anular um gol de Ricardo Alfonsi. O público e a rivalidade eram grandes.

Em 63 o Grêmio venceu por 1 a 0 o Bragantino, em amistoso e o centroavante Sarcinelli, ex-São Paulo, estava no Braga. "Passei apertado com ele, era muito bom, forte e sabia jogar duro".

Sobre o melhor jogador do mundo: "Pelé. Eu o vi várias vezes no Pacaembu e no Morumbi. Depois da era Pelé o que mais gostei foi o Zico (Flamengo). Naquela época a arbitragem deixava o jogo correr de forma mais dura", contou.

Sobre a decisão de 72, conversamos com o lateral esquerdo Marcão, do Botafogo e mais tarde se tornou presidente do América, ele disse: "não joguei a final, a diretoria nem me deu camisa, sequer fiquei no banco. Não gostavam de mim por eu ter vindo do juvenil do Alvinópolis, rival do Botafogo, eu era titular e naquela partida o Dentinho entrou no meu lugar. Milton Moreno quando viu que eu não jogaria ficou revoltado, não queria jogar. No dia da festa de comemoração do título, o dirigente Brechó me deu a medalha de campeão, mas se dependesse dos demais nem isto teria acontecido".

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