Quinta, 25 Abr 2024

Serginho Ottoni, o artilheiro de uma geração de campeões do Alvinópolis

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Considerado por muitos como um dos maiores artilheiros que Atibaia já teve. Em 20 de janeiro de 2007, publicamos no Programa Em Algum Lugar do Passado, a entrevista concedida ao Jornal Atibaia Hoje, em que o ex-jogador, hoje falecido, contou um pouco de sua trajetória no futebol.

Serginho Ottoni

O corintiano Sérgio Ribeiro de Souza Ottoni, nascido na capital em 12/01/1967, na Pompéia, São Paulo, se estivesse vivo teria 53 anos, morou em Presidente Bernardes e Bauru e chegou a Atibaia em 74, com 7 anos.

Era casado com Silvia Helena, teve três filhos: André, Gabriela e João Vitor.

Advogado, também foi comerciante, a carreira no futebol começou com 10 anos, no Cruzeirinho do Alvinópolis e aos 12 entrou na escolinha do treinador Vicentão Queiroz e o considerava como seu pai no futebol, conquistando todos os títulos de base.

Sérgio, esposa e filhos. Gabriela, Silvia, André e o bebê, João Vitor

Em 84 com 17 anos começou a disputar o Campeonato Amador pelo Alvinópolis, na semifinal eliminou o Grêmio, temido e que contava com Scarelli, Nambu, Rato e Cardoso. Na final perdeu para o Milionários.

Em 85 foi vice ao empatar por 1 a 1 com o SPR e perder por 5 a 3 nos pênaltis e nesta época estava no expressinho do São Paulo FC e em seguida entrou nos juniores, ficando até julho de 86, quando foi para o Bassano da Terceira Divisão da Itália, ficando três meses na casa do ex-jogador Chinezinho do Palmeiras.

Na semifinal de 85 o Alvinópolis jogou com o Portão, no estádio Marcelo Stefani, hoje Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, campo do Bragantino, devido à falta de segurança em Atibaia e a torcida do Alvinópolis lotou vários ônibus rumo à Bragança. Serginho cruzou a bola e Orlando fez o gol da vitória, 1 a 0.

Em 87 e 88, defendeu o Grêmio na Terceira Divisão de profissionais do Paulista, os técnicos eram Ricardo Alfonsi e Vicente Queiroz.

Em 89 e 90 jogou em Bragança pelo São Lourenço, Legionários e Ferroviários.

Em 90 e 91 voltou ao Alvinópolis e ficou até 99, conquistando títulos ao lado de boleiros como Sapeiro, Tatuí, Eli, Davi e Décio; todos de São Paulo e outras feras locais. Teve rápida passagem pelo Botafogo na Segunda Divisão, a pedido do presidente Orlando e conquistaram o acesso à Primeira e o título.

O Alvinópolis: Mané (técnico), Márcio Baiano, Vasquinho (pai), Anderson, Neguinho, Magrão e Vasquinho (filho). Agachados: Ozório, Serginho Ottoni, Betinho, Márcio de Lucas, Marcelo, Santista, Carlão e Zuza

Em 95 conquistou a Segunda Divisão pelo Alvinópolis e o recolocou na primeira, pois em 94 sofreu WO na Boa Vista, diante do Centro Rural, devido ao atraso dos jogadores de São Paulo e o time foi rebaixado. No mesmo ano conquistou a Copa Atibaia e em 96 foi campeão da Primeira e da Copa, sobre o Cetebê e avisou ao cunhado Massa, um dia antes, que marcaria um gol nele e o goleiro não acreditou quando sofreu o gol de falta. No segundo jogo fez mais um.

Em 97 foi campeão da Copa sobre o Atlético da Vila, que contava com o Massa e Serginho fez o gol e disse: "ele é meu eterno freguês".

No mesmo ano o Alvinópolis perdeu a invencibilidade de três anos ao perder por 3 a 1 para o SPR, que mais tarde foi campeão da Primeira. Neste ano seu time disputou o Amador do Estado, eliminando times fortes como o Grêmio Coplastil/Unidos de Bragança, ao derrotá-lo por 2 a 1 e o Flamengo de Guarulhos por 4 a 2, de virada, no Alvinópolis lotado. Nas quartas de final venceram por WO o time de Taubaté por falta de segurança, mas a Federação remarcou o jogo e o time foi desfalcado, tendo que contar com o goleiro Wesley na linha e foi eliminado.

Em 2000 foi para o Cetebê e perdeu a semifinal para o Rosário. Nos veteranos participou das conquistas da Sociedade Italiana, que virou Jardim dos Pinheiros/Big Soccer/Ferreira, dos seis títulos venceu 3 (2001, 2002 e 2003) e o título da Primeira Copa Regional Master de Perdões em 2006, vencendo na decisão o Sítio, também de Atibaia, 3 a 0, dando passe perfeito para o Aranha fazer o primeiro gol e fez um belo gol na vitória por 1 a 0 na semi, sobre o Portão, chute de fora da área no ângulo.

Serginho disse que se pudesse voltar atrás não teria deixado o São Paulo como fez, na ilusão de jogar fora do Brasil.

O melhor jogador que viu foi o Zico do Flamengo e da Seleção.

Em Atibaia os melhores jogadores foram: Ozório (Alvinópolis) e Ben-Hur (Cetebê) e declarou: "quem tem o Ben-Hur começa com meio caminho traçado para a vitória, possui extrema qualidade, tranquilidade e é insubstituível".

Serginho faleceu em 8/12/2008.

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