AFASTAMENTO DE SAULO COMPLICA A POLÍTICA DE ATIBAIA

Afastado por decisão judicial há mais de 120 dias, o grupo que até então girava politicamente em órbita de Saulo, começou a se esfacelar e, como se não bastasse, certos partidos de força política nula, passam a se mostrar como uma rota alternativa para o futuro político de Atibaia.

Por outro lado, vereadores que até então eram fiéis a Saulo, inclusive votando na Câmara Municipal leis de interesse da administração municipal - que geraram muitas críticas da população e os afetando, agora estudam em repensar as posições, para garantir sobrevivência política, pois estamos nos aproximando das eleições de outubro.

Enquanto Saulo aguarda uma decisão do Supremo Tribunal Federal, na esperança que seja revertida a liminar que o afastou do cargo, o agora prefeito Mario Inui - sem a força política para assumir de vez a posição de prefeito de fato - luta contra ordens emanadas de certa casa na Rua Adolfo André, que buscam determinar medidas de acordo com os interesses de Saulo, que muitas vezes complicam o trabalho da administração pública e tolhem o trabalho de Mario Inui, que por sua vez se ressente de um forte aparato político, que lhe dê sustentação nas medidas que pretende tomar, como por exemplo exonerando inúmeros comissionados que nada fazem, além de esperar o depósito da grana em sua conta bancária - onerando os cofres municipais - bem como designar servidores concursados para melhores cargos.

Ou em outro falar.

Estamos em meio a um caos político.

Seria interessante que Saulo assumisse posição política, ou seja: caso não obtenha medida judicial junto ao Supremo Tribunal Federal e continue afastado, que se manifeste a respeito das eleições de outubro. Mesmo afastado, será ele candidato à reeleição?

Se não for candidato, buscará apoiar outro candidato a prefeito ou buscará formar um grupo político que seguirá sua orientação?

A decisão de Saulo deverá ser imediata e não aguardar o julgamento da Suprema Corte - que poderá levar algum tempo, lembrando que a política não admite espaços vazios.

Por outro lado, sabe-se que Saulo infla pequenos partidos para dar uma sensação de força, mas no meio político se conhece a força de cada um destes partidos, que nada representarão nas eleições de outubro.

“Em política vale tudo, só não vale perder”, dizem os políticos, mas há um porém: não se abandona os parceiros de primeira hora os trocando por recém-chegados, que nada fizeram ao longo de mais de três anos em benefício da atual administração.

A isto se denomina traição.

Algo que não se admite.

Com seu ostracismo, tentando mover a política de Atibaia por controle remoto, Saulo está conseguindo reverter os amigos e parceiros de ontem em adversários políticos de hoje.

Se Saulo pretender ter um futuro político, deixe seu lugar de conforto e sua clausura e venha para as ruas, caso contrário, em pouco tempo, o antes líder político da região será simplesmente esquecido.

Rei morto, rei posto!

Pronto, falei!