Terça, 09 Dez 2025

Coitados, apanham e não mudam

Em se tratando de leitores, claro está que são poucas as pessoas que reparam nas coisas que rolam por aí. Isso, especialmente, em se tratando de leitores ocasionais, ou seja, aqueles que leem menos ainda do que leem de vez em quando.

Tem muita gente que entra nesse rol. Um jornal aqui, quando o Corinthians ganha, outro jornal ali, quando o Timão perde e assim caminha o campeonato dos que leem e dos que não leem.

Claro está que essa "tanta muita gente" citada, busca informações através dos noticiários das emissoras de rádio ou dos jornais que a televisão apresenta. Eu chamo de "apenas leitores" sem menosprezá-los. Isso fica claro, na medida em que leitor é e sempre foi a parte que mais interessa à mídia, a tal da mídia, ou meio de comunicação que, como se sabe, tanto pode ser "falada" como "escrita" e publicada. Em jornais ou revistas, transformada em livros, em versos e o que mais se tem por aí. E não é só por aí, mas muito mais que por aí e por aqui, diga-se logo e, de repente, o que mais interessa no momento.

" Notícia "

Isso mesmo, o leitor logo percebe quando se trata de "mídia paga", ou seja, aqueles anúncios pagos e até transformados em notícia. O aplauso é enorme e a gente percebe, claro que sim, pois o texto é bem feito, bem cuidado, bem ilustrado e tal e coisa.

Já na mídia normal, na mídia só noticiosa e sem influência externa ou superior (e fique bem claro que a afirmação - "superior" - se refere ao fato de a notícia vir lá de cima. E o "lá de cima" é bem lá em cima mesmo Isso é lógico também, não?).

Pelo sim ou pelo não é melhor a gente não se meter nas mentiras ou até em algumas das verdades que muitos pregam por aí - e até por aqui - porque não? Exatamente é neste ponto que eu paro e pondero que tudo o que se diz - falado ou escrito - pode ser que sim, da mesma forma que tudo pode ser que não. Depende do que - e pior que isso - depende do ponto de vista que o leitor queira observar.

" Pois é "

Pois é, repito e insisto - dizia eu que, na mídia normal, na mídia verdadeira mesmo, a tal mídia noticiosa, aquela que vem cheia de notícias - nem todas essas notícias que aparecem, ditas ou publicadas, são tão "boas assim", muito antes, pelo contrário, batem mais que o bumbo da banda. Estou me referindo e dizendo do bumbo da banda de cá e não do bumbo da banda de lá. Incrível, mas já reparou? É bumbo, bumbo, bumbo, parecendo até banda de carnaval fazendo toda essa bumbada, não parece?

Quando a gente fala em termos noticiosos, é o povo que apanha na banda de cá, ficando claro também que quem bate são os da banda de lá, ou a banda dos homi lá de cima. Parece e é claro, não parece?

O pior de tudo é que, bate de lá, bate de cá, nada muda e nada mudará. A mídia batendo ou a mídia defendendo o país, esse país onde a gente vive vai continuar assim mesmo, do jeito que já faz tempo, os lá de cima sempre batendo e os aqui de baixo sempre apanhando.

Lembrando que os de baixo já vinham apanhando desde o tempo em que estavam mais lá embaixo ainda. Pior é que os lá de baixo são os que mais apanham, já reparou? Uns doidos! Apesar de tudo, tanta pancada, tanta traulitada, justo os lá de baixo continuam apoiando aqueles metidos a bacana que estão sempre lá por cima. São eles que batem com uma tranquilidade tão grande, mas tão grande que até o guarda da esquina fica olhando de longe, percebendo tudo e mais um pouco. Percebe sim, mas não liga

" Apanhando "

Nisso tudo, claro, o máximo que a gente pode fazer é torcer para ver se com o tempo os que apanham tanto possam apanhar menos. Quem sabe até passem a bater um pouquinho que seja em tanta gente que tanto mandou bater na gente.

Pode até ser também que daqui a alguns séculos as dores das pancadas que hoje já doem tanto, acabem doendo ainda mais, como se fosse possível e a gente - quando eu digo "a gente" - estou dizendo "nóis, mano!" - acabe ficando com dores muito maiores que essas dores de hoje - tão leves como a gente nem imagina. Será?

Não sei se será.

Nem imagino. Nem sei se vai demorar tanto assim. Reze. Quem sabe venha mesmo o dia, o tal do dia que "nóis!", repito: "nóis!", como diria o vulgo ou o "disvulgo" (sei lá quem é vulgo ou disvulgo!!!), ainda damos um jeito de dar um basta, ou mais ainda, e bem melhor, a gente dê um tombo nos que hoje só sabem bater na gente.

Juro que eu imagino todos nós gritando bem alto: "Chega de apanhar, mano! Chegou a hora de bater!".

Oremos, como dizem os que rezam!

O que me assusta é que a maior parte desses tantos que tanto apanham ainda preferem ficar chorando escondido.

Não é de chorar tudo isso?

Talvez seja. Oremos para parar de chorar.

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Terça, 09 Dezembro 2025

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