AS FACES DO COMPORTAMENTO
O ser humano é formado por várias características que são desenvolvidas durante o seu tempo de vida. Tendo algumas delas inatas, outras são aprendidas.
Entre as características inatas (aquelas que a pessoa já nasce com elas) podemos mencionar a aparência física, o sexo, a proporção de visão, audição, sensação de tato, olfato e paladar, e a sua intuição. Assim, percebemos que o ser humano já nasce com um instrumental que lhe servirá durante toda a sua existência, mas outras características lhe serão adicionadas gradativamente com o tempo de sua existência, de acordo com a sua capacidade para o aprendizado.
Todos os outros aspectos que envolvem o comportamento da pessoa serão aprendidos, desde a vida intra-uterina até o último momento de sua vida, a pessoa passará por experiências que lhe proporcionarão oportunidades de aprender e moldar seu comportamento.
Fazendo suas escolhas, a pessoa optará sempre pelo que mais lhe for útil em cada momento, o que parece lhe servir melhor para cada ocasião. Dessa forma, a pessoa aprenderá a sentir medo, raiva, tolerância, amor, alegria, impaciência, honestidade, caráter, e tudo mais que se relaciona com as coisas que a pessoa faz e pensa no meio em que vive.
De acordo com o interesse, ela irá desenvolver mais determinados tipos comportamentais do que outros, tornando-se uma pessoa mais séria ou descontraída, nervosa ou calma, otimista ou pessimista, honesta ou desonesta e todas as outras qualidades que se pode atribuir a alguém.
Essas características que são desenvolvidas pertencem a dois grandes grupos que gostaria de destacar como sendo o conhecimento e o senso moral.
Conhecimento é aquele nível de saber que toda pessoa tem, o que e quanto ela sabe sobre alguns assuntos e fatos sobre a vida, que pode ser conhecimento técnico profissional, de experiência de vida, como agir em determinadas situações e tudo mais que se relacione como o que fazer, são aquelas coisas que se aprende nas escolas e nos manuais.
O senso moral é mais sutil, nem sempre perceptível aos observadores, é o que molda o comportamento, o que faz a pessoa optar entre a honestidade e a desonestidade, entre o ser leal ou desleal, ou seja, entre as polaridades de comportamentos, é o como fazer. O senso moral pode ser aprendido em qualquer lugar, com qualquer pessoa, em qualquer situação, só que para isso não existe um manual.
De acordo com os exemplos que observamos durante a vida formamos o nosso senso moral, por escolha própria, porque sempre temos uma escolha a fazer entre várias alternativas. Mesmo nos momentos em que se diga que não teve escolha, a verdade é que sempre existirão alternativas que lhe proporcionarão escolhas.
Como o universo é dual, existe a luz e a escuridão, o rápido e o lento, a vida e a morte, ele nos oferece sempre no mínimo duas escolhas, que iremos optar utilizando o nosso livre arbítrio e conveniência. Assim, temos a oportunidade a cada momento de poder unir o nosso conhecimento ao melhor exemplo de senso moral que recebemos. A sabedoria da natureza oferece ao homem um tempo de vida que lhe proporcionará a oportunidade de desenvolver conjuntamente o conhecimento e o senso moral, e como para tudo que se planta, haverá sempre uma colheita.
Um forte abraço e até a próxima semana.
* O autor é: advogado, practitioner em PNL, palestrante, consultor de desenvolvimento pessoal. Contatos: rncursino@hotmail.com / (11) 99880-0305.
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