Quinta, 28 Mar 2024

4 grandes emoções para falar com as crianças - Parte 1

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Dra. Regiane Glashan*

As diferentes maneiras de seu filho se comportar derivam de uma lista de quatro emoções complexas.

Crianças a partir de 1 ano começam a mostrar com mais intensidade as emoções e, quer você tenha percebido isso ou não, é quando você inicia a mostrá-las de volta. Lembra-se da vez em que você disse ao seu filho "Ai" e franziu a testa quando ele jogou aquele carrinho de brinquedo? Isso é uma emoção! São as primeiras manifestações de raiva e frustração.

Não há matéria escolar formal (quero dizer curricular) que ensine as crianças sobre como identificar e explicar emoções, embora, a construção e o crescimento da inteligência emocional e do vocabulário emocional de seu filho devam começar muito cedo. Pelo menos em casa! Em minha opinião, é tão importante quanto aprender números, letras e seleção de cores.

Em vez de tentar definir uma longa lista de emoções para seu filho, comece com o básico. Aqui você encontrará as emoções primárias das quais outras emoções se originam e como falar com seus filhos sobre elas.

Lembre-se, toda e qualquer explicação deve levar em conta a maturação emocional de seu filho! Toda explicação deve ser plausível, cuidadosa, amorosa, gentil e responsável.

Raiva

A raiva é um forte sentimento de aborrecimento, desprazer ou hostilidade. As crianças a percebem facilmente quando um colega agarra seu brinquedo e ela fica muito contrariada. A raiva surge porque sua reação de luta ou fuga é desencadeada. Quando seu filho tem um acesso de raiva, bate ou faz algo inapropriado, ele está reagindo a estímulos que o fizeram sentir algum tipo de dor ou frustração.

Identifique o sentimento junto com seu filho: diga: "Parece que você está realmente bravo" e imite as características faciais de estar com raiva. É importante não ser taxativa quanto a emoção. Sem querer você pode fazer uma interpretação equivocada da emoção quando na verdade é outra (tristeza, ansiedade). E consequentemente, invalidar os sentimentos de seu filho.

Explique o sentimento: diga: "Às vezes as coisas não acontecem como queremos e isso nos deixa bravos e chateados". Em seguida, ensine seu filho como ele pode se expressar quando esses sentimentos ocorrerem.

Faça seu filho praticar dizendo algo como: "Eu realmente não gosto quando você pega um brinquedo da minha mão". Os comportamentos negativos - bater, gritar ou chorar ao sentir raiva - são as emoções subjacentes que ainda não foram reguladas. Seu filho precisa que você explique sobre o que ele está sentindo - isso é chamado de construção do vocabulário emocional de seu filho.

Na próxima semana vamos abordar a tristeza e o medo!

* Terapeuta Familiar - Casal - Individual, ênfase na relação mãe-bebê. Especialista-Mestre-Doutora-Pós-Doutora pela UNIFESP, Fellow Universidade Pittsburgh - USA. Site: www.terapeutadebebes.com.br

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