Sábado, 27 Abr 2024

Que tal algumas dicas para lidar com seu papel de pai? (Final)

Dra. Regiane Glashan*

A semana passada iniciamos nossa conversa comentando como os pais se sentem estressados e angustiados em terem que cumprir numerosas tarefas em seu dia a dia, e, o quanto tudo isso pode gerar alguns conflitos relacionais dentro da família e prejudicar as relações. Comentamos no final do texto que eu deixaria 5 dicas para melhorar o andamento das "coisas". Vamos partir para as dicas, então!

Primeiro de tudo, agimos melhor quando nos sentimos melhor. Ninguém pensa com racionalidade quando está exausto ou fora do "giro"! Vamos a nossa dica de ouro número:

  • 1. Respire fundo: quando se sentir oprimido, assoberbado, confuso, estressado e tiver que tomar uma atitude ou fazer uma ação, primeiro de tudo, respire fundo, dê um passo atrás, mesmo que ele seja mentalmente, e, procure ver a situação com uma certa distância. Parece óbvio isso que estou dizendo, mas muita gente esquece de fazê-lo. Quando estamos tensos nossa respiração fica curta, o que acaba retroalimentando nossa angustia e ansiedade. O cérebro recebe a mensagem de que estamos em perigo e precisamos fugir. Portanto, nosso pulo do gato é respirar profundamente algumas vezes e contar até 10. E assim, fazer com que nosso cérebro se acalme e saia do modo luta/fuga, nos ajudando a tomar as melhores decisões.
  • 2. Peça ajuda: nós mulheres e mães ainda temos a concepção de que temos que dar conta de tudo para mostrar nosso valor. Pera aí!! Isso é um conceito ultrapassado e temos que pedir colaboração em casa, pois, na verdade uma família é um time. Sejam gentis e respeitosos um com o outro quando forem pedir ajuda/colaboração.
  • 3. Agende um tempo livre: às vezes, a fadiga nos impede de "trocar as marchas" adequadamente, gerando mal-estar e angustia. Vale a pena dar uma pausa durante o dia, nem que seja de 10 minutos para recarregar as baterias e obter folego para a próxima atividade. E isso vale para todos os membros da família. Pode ser um tempinho para um café, uma esticadinha nas pernas ou uma breve leitura, etc.
  • 4. Relaxe suas expectativas: eu sei que estamos sempre querendo fazer tudo direitinho e com positividade. Nos darmos a oportunidade de falhar é nosso primeiro passo para atingirmos uma boa saúde mental. Vamos dar nosso melhor e não o nosso impossível. Que tal?
  • 5. A vida em família é um "continum": tudo bem deixar alguma atividade para o dia seguinte. Tudo bem ter falhado em alguma tarefa e tudo bem também não ter dado tempo de cumprir todas as coisas programadas para aquele dia. O que importa é que os conceitos podem ser revistos e que as reuniões de família servem para isso: obter colaboração, rever pontos cegos, redistribuir tarefas, reorganizar melhor a agenda da semana, configurar o cardápio, etc.
  • Espero que as dicas possam ajudar e que elas venham para dar mais conforto e tranquilidade no dia a dia de vocês, pais!

* Terapeuta Familiar - Casal - Individual, ênfase na relação mãe-bebê. Especialista-Mestre-Doutora-Pós-Doutora pela UNIFESP, Fellow Universidade Pittsburgh - USA. Site: www.terapeutadebebes.com.br. Instagram: @terapeutadebebes_familia

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