Sábado, 20 Abr 2024

Prefeitura de Atibaia orienta sobre medidas preventivas contra carrapatos

Os carrapatos são responsáveis pela transmissão de várias doenças ao homem e aos animais. Ectoparasitas que se alimentam de sangue, quando contaminados, podem transmitir vírus, bactérias ou protozoários, causando grandes prejuízos devido à sua eficiência reprodutiva, já que seu ciclo se completa em 30 dias e cada fêmea põe de 3.000 a 8.000 ovos. A febre maculosa, uma perigosa doença infecciosa, é transmitida pela picada do carrapato, especialmente a espécie popularmente conhecida como carrapato-estrela.

O ciclo de vida do carrapato inclui as fases de ovo, larva, ninfa e adulto. Micuim, rodoleiro, carrapato-pólvora e vermelhinho são os diversos nomes populares que o carrapato-estrela recebe, de acordo com a fase do ciclo, e ele pode transmitir a doença em qualquer uma dessas etapas. Para completar seu ciclo de vida, o carrapato precisa de três hospedeiros, um para cada mudança de estágio. Pode ser o mesmo organismo nas três mudanças ou um hospedeiro diferente em cada uma delas.

Ao eclodir o ovo, o carrapato assume a forma de larva e procura um hospedeiro – mamíferos como cavalo, capivara, cachorro, rato, homem, entre outros, além de aves e répteis – para ingerir sangue. Após a ingestão, desprende-se desse hospedeiro para troca de pele, iniciando então a fase de ninfa. Nessa etapa, ainda assexuado, o carrapato busca novamente um organismo para se fixar, alimentando-se do sangue do seu hospedeiro.

Finalizada a ingestão, mais uma vez se desprende do hospedeiro e inicia uma nova troca de pele, transformando-se em adulto, momento em que torna-se macho ou fêmea. Após o intervalo de incubação, as larvas eclodem dos ovos, iniciando um novo ciclo. Cada ciclo dura, em média, entre 10 e 25 dias, contudo, caso não encontre um hospedeiro, carrapato pode ficar em hibernação por vários meses.

Ao encontrar um carrapato aderido ao corpo ou em um animal de estimação, a orientação da Secretaria de Agricultura de Atibaia é removê-lo imediatamente com uma pinça, o mais próximo possível da pele, puxando-o para fora, aplicando uma leve torção. Não se deve empurrar ou esmagar o carrapato, pois existe o risco de introduzir a bactéria contida no carrapato para dentro da pele.

O período de incubação da febre maculosa, ou seja, o intervalo de tempo da infecção até a manifestação dos primeiros sintomas, varia de 2 a 14 dias, de acordo com cada pessoa. Em geral, entre o segundo e o sexto dia, podem surgir manchas vermelhas pelo corpo, principalmente na região das mãos e pés. Além disso, pode haver outros sintomas como dor de cabeça, febre, dor abdominal, vômito, diarreia.

Embora seja o sinal clínico mais importante, as manchas vermelhas podem não aparecer, o que pode dificultar ou retardar o diagnóstico e o tratamento. Ao identificar picadas de carrapato e apresentar um desses sintomas, procure atendimento na unidade de saúde mais próxima, relatando a exposição a locais e ambientes em que possa ter tido contato com o parasita.

Prevenção
Algumas medidas podem ser tomadas para prevenir os carrapatos, como:
– Aparar e cortar a vegetação rasteira, utilizando roupas de mangas longas, botas, calça comprida com a parte inferior dentro das botas, devendo utilizar fita adesiva larga para impedir a ascensão dos carrapatos. As roupas devem ser claras para facilitar a visualização dos carrapatos;
– Vistoriar o corpo após frequentar áreas de mata ou conhecidamente infestadas por carrapatos;
– Evitar caminhar ou frequentar áreas infestadas por carrapatos;
– Os animais devem ser vistoriados semanalmente e, quando apresentarem carrapatos, devem ser tratados com indicação de médico veterinário e mantidos em local restrito, conforme orientação do mesmo.

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