Quarta, 24 Abr 2024

O que acontece na infância não fica na infância!

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Cristiane Fernandes Esteves Saraguci*

Primeira infância é o período que corresponde aos primeiros 6 anos de vida. É um período rico em descobertas. Quem convive com crianças pequenas deve se lembrar que em algum momento ele soltou um "mãmã" ou "papa", um dia ele começou a gatinhar e em pouco tempo estava de pé, segurando nas coisas, e por aí vai.

Nesta fase da vida é muito importante, que os adultos que convivem com a criança, fiquem atentos aos estímulos que a criança está recebendo, pois é um período muito fértil para desenvolver determinadas habilidades. Também é importante salientar que, experiências vivenciadas nesta fase, podem acompanhar o indivíduo por toda vida adulta, como por exemplo os casos de maus tratos e violência.

Podemos fazer uma analogia do cérebro com uma esponja, pois na primeira infância ele é capaz de absorver todo conhecimento gerado através de estímulos nos ambientes aos quais a criança faz parte.

A aprendizagem humana está ligada a neuroplasticidade, que é a capacidade que o cérebro tem, durante seu processo de evolução ou traumas, de se adaptar.

Você já imaginou como seria o processo de aprendizagem sem a plasticidade cerebral?

Temos na infância, um pico de intensidade na capacidade de aprender, o que explica a facilidade que as crianças têm no aprendizado de outras línguas.

Um dos fatores que influenciam a neuroplasticidade é um ambiente rico em estímulos. Outro fator é o exercício cerebral, ou seja, o cérebro precisa de uma quantidade mínima de atividades que o mantenham em movimento de trabalho.

Para que você entenda melhor vamos usar a imaginação!

Imagine que o processo de aprendizagem é um bolo em camadas, para que esse bolo seja delicioso é preciso que cada camada seja firme para que não desmorone. Ou seja, você só pode colocar outra camada quando a camada anterior estiver consistente. Cada camada serve de suporte para a que vem a seguir. Assim funciona a aprendizagem!

Podemos dizer, que a capacidade de aprendizagem que cada pessoa tem é determinada tanto pela genética quanto pela educação. A genética por si só não é suficiente para aprendermos, mas um desenvolvimento planejado faz toda diferença!

Voltando ao bolo, é importante oferecer sempre alguns desafios para a criança, de acordo com a faixa etária, com base nos conhecimentos e habilidades que ela já adquiriu.

Sendo assim, abuse dos jogos e brincadeiras, fundamentais nesta fase do desenvolvimento. Explorar os movimentos corporais, a socialização, o toque, as sensações, a fala, fazem parte de um ambiente rico em estímulos e é o que vai favorecer todo o processo de aprendizagem futuro.

* A autora é Neuropsicopedagoga e Psicopedagoga Clínica e Institucional, Pedagoga especialista em Administração Escolar, Coach Pessoal, Profissional e Líder Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching e Analista Comportamental Disc pela Gestor Performance. Possui experiência de mais de 20 anos na área, atuando no âmbito escolar e clínico, como também no mundo business como Coach, palestrante e desenvolvendo pessoas. Contatos: E-mail: crissaraguci@hotmail.com; Instagram: @neuropsicocristianesaraguci; Facebook: @conexãodoaprender e Blog: https://conexaodoaprender.home.blog/

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