Quinta, 25 Abr 2024

6 melhores maneiras de controlar a raiva de seu filho

Dra. Regiane Glashan*

Não é raro eu ouvir a seguinte frase: "Eu fico parada e assisto impotente, enquanto meu filho de 4 anos, geralmente fofo, grita e chuta no chão da sala porque não estamos indo para o parquinho. Seus punhos estão cerrados e ele está cerrando os dentes com tanta força que sua mandíbula está tremendo!". Soa familiar?

A falta de um bom vocabulário faz as crianças pequenas agirem mais com o corpo, e, além disso o controle inibitório ainda é muito insipiente. Portanto, quando elas se sentem frustradas por algo ou irritadas, a reação se torna quase que instantânea: se jogar no chão, bater, morder, arremessar coisas, etc. Calma! Não estou dizendo que não vamos intervir de alguma maneira!

É nosso trabalho ensinar às crianças as melhores maneiras de lidar com isso. Aqui estão algumas ferramentas de controle da raiva para ajudar você e sua pequena pessoa a controlar suas emoções.

- Aceite a raiva de seu filho

Quando seu filho tiver uma explosão de raiva, diga: "Vejo que você está com raiva". Se você sabe por que eles estão com raiva, pode acrescentar o motivo: "Vejo que você está com raiva porque realmente adora balançar no balanço e temos que sair do parque". Aceite sua raiva. Diga a eles: "Tudo bem ficar com raiva". Você quer que seu filho sinta que tanto ele quanto suas emoções estão bem. Você não quer que eles sintam que precisam esconder suas emoções.

- Incentive-as a usar palavras

As crianças não sabem naturalmente quais palavras usar. Você tem que ensiná-los o que dizer. Você pode dizer ao seu filho: "Quando você estiver com raiva, você precisa usar palavras" ou "Eu realmente quero ouvir o que está incomodando você. Se você usar palavras, entenderei melhor e poderei ajudar". Você pode dizer: "Quando estiver com raiva, diga 'Estou com raiva' e eu o ajudarei". Com o tempo, as crianças internalizam sua voz e suas regras. Aos cinco anos, as crianças desenvolvem seu superego, que atua como um sinal de parada interno e as ajuda a controlar os impulsos agressivos.

- Encontre uma solução positiva

Por gerações, os acessos de raiva foram vistos como tentativas de manipulação. Os especialistas aconselharam os pais a deixarem os filhos "chorarem" ou correr o risco de estragá-los. Embora, seja verdade que os pais podem cair em um padrão negativo de satisfazer cada desejo do filho de evitar um colapso, deixar os filhos chorarem não ensina a uma criança uma maneira mais positiva de lidar com ela mesma. Na verdade, as crianças precisam de ajuda para superar a raiva. É melhor do que deixá-los afundar.

Tente encontrar uma solução - uma fatia de maçã antes do jantar em vez de um sorvete - ou use distrações - "Eu sei que você está chateado porque está chovendo e não podemos ir ao parque. Por que não vamos brincar na tenda da sala"- para motivar o seu filho a fazer algo que o entusiasme. Você também pode oferecer uma alternativa ou compromisso.

- Desacelerar

Pense em como dar uma negativa. Em vez de dizer um belo "Não" intempestivo, faça uma pausa e diga em voz alta: "Vamos ver. Você quer aquele brinquedo novo. Vamos conversar sobre isso". Isso lhe dá a oportunidade de pensar sobre o pedido e sobre como negá-lo positivamente, se necessário, ou desviar a atenção de seu filho. Abrandar e discutir o assunto também permite que o seu filho compreenda o motivo da recusa e aceite-o de forma mais agradável. Você quer dar a seu filho a sensação de que você o ouve, se preocupa com seus desejos e que pode confiar nele para ajudá-lo nas decepções da vida.

Às vezes, uma mudança de local também pode interromper um ataque de raiva ou romper um impasse. Você pode dizer: "Vamos ver aquele cachorrinho de que você gosta na loja de animais" ou "Vamos à farmácia comprar os grampos de cabelo de que você precisa. Continuaremos conversando no caminho".

- Encontre um Espaço Silencioso

Se você estiver em público, tente se afastar da plateia. Concentre-se em seu filho e em você, não no julgamento de outras pessoas. Isso alivia qualquer pressão que você possa sentir dos espectadores e permite que você se relacione com seu filho de maneira privada. Quanto menos barulho e confusão houver, mais fácil será para você acalmar seu filho. Pegue a mão dele e diga: "Venha sentar no meu colo e conversaremos sobre isso".

- Definir um limite firme

Embora queira transmitir que não há problema em seu filho sentir raiva, você precisa deixar claro que o comportamento fisicamente agressivo não é aceitável. Se seu filho bater no irmão, você pode dizer: "Tudo bem ficar com raiva. Sua raiva está bem. Mas você não pode bater". Diga a ele: "Não batemos nem chutamos ninguém". Explique seu limite: "Bater dói. Não machucamos ninguém". As crianças têm maior probabilidade de cooperar se o motivo for plausível.

* Terapeuta Familiar - Casal - Individual, ênfase na relação mãe-bebê. Especialista-Mestre-Doutora-Pós-Doutora pela UNIFESP, Fellow Universidade Pittsburgh - USA. Site: www.terapeutadebebes.com.br. Instagram: @terapeutadebebes_familia

Veja mais notícias sobre Dra. Regiane Glashan.

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Visitante
Quinta, 25 Abril 2024

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://www.atibaiahoje.com.br/