Quinta, 25 Abr 2024

Inveja, cobiça e gratidão

Dra. Regiane Glashan*

Será que é possível sentir isso por uma mesma pessoa?

Inveja não é considerada um sentimento nobre, e, muitas vezes, nos proporciona atrasos em adquirirmos coisas boas na vida. Ela é danada e quase sempre está atrelada ao orgulho e a presunção.

Pobre de quem é invejoso - não consegue reconhecer o lado bom e positivo do outro. Costuma ser agressivo e destrutivo com quem quer ajudá-lo.

O invejoso acha que é autossuficiente. Usa uma couraça banhada no orgulho como forma de proteção, onipotência e arrogância.

Inveja é diferente de cobiça. Na inveja, deseja-se aquilo que o outro tem e é motivo de admiração para os indivíduos (a pessoa invejosa deseja meu carro, ou deseja que meu carro seja roubado para ninguém mais tê-lo). Por outro lado, aquele que cobiça, deseja ter um carro bacana, mas não necessariamente o meu.

Quem cobiça quer algo bom, que pertence a alguém, mas não necessariamente o que é meu.

A gratidão. Ah a gratidão!

Esse é um sentimento nobre e vem da empatia que estabelecemos com o outro e é o oposto da inveja. Permite que se tenha acesso às coisas boas do outro em sua plenitude.

A pessoa grata percebe que o outro pode ter algo que ela não tem, mas nem por isso apresenta baixa autoestima ou se sente na posição de menos valia, ao contrário reconhece suas limitações, aceita suas falhas e busca maneiras de superar seus obstáculos - Não é destrutivo!

Quando entramos numa relação de parceria (amorosa, amigável, trabalho, etc.) e essa relação é pautada dentro de uma convivência saudável, buscamos no outro uma forma de trocar ideias, afetos, conhecimentos e com isso damos um tom mais colorido e feliz a nossa vida.

No dia a dia estamos fazendo parcerias complementares. Quer um exemplo?

Veja que interessante. Num ambiente de trabalho podemos identificar um profissional muito organizado, pontual, porém, indeciso. Do outro lado, identificamos outro colaborador pouco metódico, racional e muito assertivo. Temos aí uma dupla muito afiada que se complementa nas diferenças. Assim pode ser com casais, dupla de amigos, sócios e etc.

E o invejoso?

O invejoso não consegue estabelecer relações de complemento - ele não troca - somente usa e abusa do outro sem nada a oferecer. A não ser que ele seja beneficiado de alguma maneira - são relações desagregadoras.

Infelizmente, no mundo existe um banquete de gente assim. O mundo está cheio de vilões querendo mexer, comer e exterminar o nosso queijo. Portanto, cuidado com os invejosos e agradeça as pessoas boas e gratas que desfrutam do universo ao seu redor.

Você gostaria de escolher um tema para nossos próximos artigos? Fique à vontade em sugerir!

É só mandar um e-mail para: terapeutadebebes@gmail.com e fazer sua indicação!

* Terapeuta Familiar - Casal - Individual, ênfase na relação mãe-bebê. Especialista-Mestre-Doutora-Pós-Doutora pela UNIFESP, Fellow Universidade Pittsburgh - USA. Site: www.terapeutadebebes.com.br. Instagram: @terapeutadebebes_familia

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