Terça, 16 Dez 2025

Coordenação motora e sua relação com aprendizagem

A coordenação motora nos permite realizar vários movimentos coordenados e pode ser classificada de duas formas: coordenação motora grossa e coordenação motora fina. Pular, correr, andar, saltar ou realizar tarefas que exijam maior habilidade, como segurar um lápis, desenhar, recortar, pegar coisas com movimento de pinça (dois dedos), tudo isso exige de nós coordenação motora.

Na coordenação motora temos a participação de outros sistemas do corpo humano, como o sistema muscular, sistema esquelético e sistema sensorial. É a interação entre esses sistemas que tem como resultado reações e ações equilibradas. A velocidade e agilidade com que a pessoa responde a certos estímulos medem a sua capacidade motora.

Quando falamos em coordenação motora grossa estamos falando sobre os movimentos dos grandes músculos e o desenvolvimento de habilidades como chutar uma bola, correr, pular, subir e descer escadas, que pode ser desenvolvida através de atividades físicas e esportivas. Uma criança que apresenta déficit nestas habilidades pode apresentar dificuldade em participar de atividades esportivas, o que, por consequência, pode causar baixa autoestima.

Já na coordenação motora fina estamos falando sobre o uso dos pequenos músculos, como os das mãos e pés, são movimentos mais finos e precisos, como segurar um pincel para pintar, manusear objetos ou desenhar, habilidades que irão nos acompanhar por toda a vida.

Observamos a coordenação motora de um indivíduo desde pequeno. Existe um tempo para desenvolvimento de determinadas habilidades, como capacidade de sentar por volta dos 5 meses, engatinhar a partir dos 7 meses e andar por volta de 1 ano de idade. Na escola, quando trabalhamos com desenho, vamos ensinando a criança a pintar dentro de espaços delimitados, desta forma ela já começa a desenvolver sua coordenação motora fina. À medida que ela for sendo alfabetizada, aumentará a sua capacidade motora.

A motricidade deve ser trabalhada por toda a vida. Pessoas idosas ou que tenham certas limitações físicas, também precisam trabalhar a coordenação motora. Com auxílio profissional, a pessoa desenvolve os grupos musculares e exercita o cérebro para conseguir manter o equilíbrio e realizar atividades que requerem movimentos precisos, fortes e rápidos.

Nosso corpo é totalmente conectado, portanto quando nos movimentamos, realizamos atividades físicas, também estamos cuidando do nosso cérebro. Trabalhar nossa coordenação motora é fundamental para uma boa saúde mental, além de melhorar a cognição. Uma coisa é fato, o ser humano não nasceu para ser sedentário, por isso vemos tantos problemas de saúde hoje em dia.

É importante incentivar as crianças a se movimentarem, participando de brincadeiras ao ar livre ou praticando atividade física ou esporte regularmente, reduzindo o tempo de tela, expondo a criança a banhos de sol e uma alimentação equilibrada. Tudo isso é fundamental para que ela cresça saudável e desenvolva todas as habilidades necessárias para o seu aprendizado.

* A autora é Neuropsicopedagoga e Psicopedagoga Clínica, Pedagoga com Habilitação em Administração Escolar, Especialista em Intervenção ABA no Autismo e Deficiência Intelectual, Professora/Formadora em Educação Inclusiva, além de Coach Pessoal, Profissional e Líder Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching e Analista Comportamental Disc pela Gestor Performance. Possui experiência de mais de 20 anos na área, atuando no âmbito escolar, clínico, empresarial. Contatos: E-mail: crissaraguci@hotmail.com. Instagram: @neuropsicocristianesaraguci. Facebook: @neuropsicocristianesaraguci. Site: www.cristianesaraguci.com.br

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