Sexta, 29 Mar 2024

O fantasma: problema ou solução?

Dra. Regiane Glashan*

Tenho a oportunidade de estudar e conviver com ótimos terapeutas e costumo receber artigos muito interessantes escritos por eles. Recebi por esses dias o artigo abaixo de um grande terapeuta familiar da atualidade - o Prof. Sebastião de Souza da Escola "Vinculo Vida" e gostaria de dividir o texto com vocês!

"Fantasma: é um problema ou uma solução que pode estar na sua família ou em você.

Fantasma é tudo e não é nada. Fantasma é medo, insegurança, impotência e vulnerabilidade. Fantasma é segredo, é mentira, é falsidade. Está nas famílias, na política, na sociedade, na economia enfim, faz parte da história da humanidade.

Os fantasmas se impõem, não tem como matá-los, por isso, são chamados de fantasmas. Mas como me livrar deles?

Você não se livra, mas aprende a conviver.

Como eles apareceram na minha vida?

Os fantasmas existem desde o início da nossa civilização, quando o ser humano compreendeu que, para sobreviver, precisava identificar o que era real e o que era imaginação frente às adversidades da vida.

Quando os fantasmas entram na minha vida?

Provavelmente, antes da sua gestação, presentes no imaginário psíquico de seus futuros pais. Ao nascermos, já os recebemos como legado, porque são os fantasmas das nossas famílias atuais e das gerações passadas.

Como eles são construídos?

A partir de questões emocionais não resolvidas. São mecanismos de defesa, negação da realidade, algumas vezes usados para sobrevivermos e nos adaptarmos a um contexto hostil. Goste ou não, nossos fantasmas são intransferíveis.

Não tente evitá-los, mas, sim, transformá-los. Os fantasmas tenebrosos e paralisantes podem se tornar fantasminhas camaradas, como o "Gasparzinho", de desenho animado. Afinal, não temos saída.

Por isso, tornar lúdico o que é impossível de se resolver tende a ser um indicador de sabedoria frente à herança deixada pelos nossos ancestrais.

Quem sabe? Liste alguns dos seus fantasmas familiares, faça as pazes com eles e deixe que componham a sua história. Essa convivência pacífica pode ajudá-lo a compreender suas perturbações mentais/emocionais.

Eles são problemas, mas, também, as soluções das inquietações e dúvidas que a vida reservou a você.

Mas, afinal, o que é real e o que é fantasia?

Essa é uma outra questão que fica para depois!".

* Terapeuta Familiar - Casal - Individual, ênfase na relação mãe-bebê. Especialista-Mestre-Doutora-Pós-Doutora pela UNIFESP, Fellow Universidade Pittsburgh - USA. Site: www.terapeutadebebes.com.br

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