Era uma vez um Papa. Que saudade!
Para falar a verdade, tem certas horas, certos dias e certos momentos que o melhor mesmo é a gente virar o disco e mentir. Dizer que está tudo bem, ou, mais ainda, que tudo vai ficar melhor, bem melhor, mais que isso ainda, muito melhor.
Dizer mais, dizer que a gente está apenas no começo e que, daqui para frente tudo vai ser diferente, como diz a música. Diferente para trocentas e tantas vezes melhor, claro.
O Dólar vai baixar, o Real vai subir, a grana vai entrar, os problemas vão sumir, e o Brasil vai ser campeão no futebol, no basquete e até no dominó.
" Dominó? "
Dominó sim, aquele jogo cheio de pedrinhas que vão se encontrando umas com as outras só não me lembro como é que o jogo termina. Sou ruim nessas coisas de jogo. Jogo mal. Pessimamente.
Fico pior ainda quando tomo conhecimento de notícias ruins, que fulano morreu, ciclano está à morte, o avião quase caiu, o trem descarrilhou, navio afundou. O que mais se tem hoje em dia é notícia ruim.
" Pior: e o Papa? "
Até o Papa morreu. Eu gostava dele. Sincero, humano, preocupado com o mundo, com as gentes, com os sofredores, encarava os metidos a poderosos por aí a fora.
O Papa morreu.
Uma pena. Sabe-se lá que Papa vem agora. Toda aquela liberdade, aquela sinceridade, aquela carinha de professor bonzinho que o Papa mostrava já não vai se ver mais. Devem ter ido com ele deixando a gente triste. Triste mesmo.
Acho que o mundo inteiro sentiu essa morte. Porque ele falava, ele sorria, ele parecia aquele amigo mais velho, amigo que sabia das coisas, amigo que sorria, que olhava para os olhos da gente. E lá se foi o bom Papa.
" Lá se foi "
Com certeza um bom papo. Com certeza muita inteligência, com certeza muita amizade, com certeza muita lealdade e, com toda certeza, com toda a dedicação a todos.
E lá se foi o Papa Francisco.
E nos deixou sozinhos, nos deixou neste vale de lágrimas, nos deixou com o coração apertado. Risonho, brincalhão, humilde, para muita gente - para mim, por exemplo - ele foi o melhor Papa que a Igreja Católica poderia ter. O Papa da Igualdade, o Papa da Fraternidade, o Papa que vai deixar saudade.
" De joelhos "
Quem sou eu para ficar falando sobre o Papa Francisco.
Neste momento me sinto ajoelhado, rezando, lembrando frases, momentos em que ele aparecia para o mundo. Alegre, comunicativo, como se fosse um amigo muito próximo, um parente querido, alguém que nunca mais vai sair da mente da gente, da saudade da gente, do carinho da gente.
Ele foi embora muito cedo. Deveria ter ficado muito tempo, todo o tempo mais aqui na terra, dando seus conselhos, seu sorriso, seu carinho, seu amor pelos seus seguidores.
Fico aqui pensando, acho que Deus o levou para ter um Santo Papa Francisco ao seu lado.
Que Deus o tenha, Papa Francisco tão Querido.
Que Deus o tenha!
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